10 mitos da ciência que você acredita, mas não deveria

Você com certeza já deve ter ouvido muitos mitos da ciência, e pensado que eles eram reais… São histórias contadas ao longo do tempo, e que passam de boca em boca, mas que não têm embasamento científico algum. Por isso, são chamados de mitos da ciência! E eles são mais comuns do que você imagina! Confira uma lista com 10 mitos da ciência que você acredita, mas não deveria:

10 mitos da ciência que você acredita, mas não deveria
@Mathew Schwartz/Unsplash

01. Só usamos 10% do nosso cérebro

Este mito é muito conhecido pelas pessoas. A história é de que só utilizamos 10% de nossa capacidade intelectual, e que, portanto, 90% do nosso cérebro estaria inutilizado!

A verdade é que cada parte do nosso cérebro tem uma função específica de controle do nosso corpo. Ou seja, toda a sua capacidade é utilizada para fazer o corpo humano funcionar, seja para funções de movimento, equilíbrio, sensações, sentimentos, ou funções involuntárias.

02. Um hemisfério cerebral pode ter dominância sobre o outro

Nosso cérebro é dividido em hemisfério esquerdo e hemisfério direito. Cada um deles é especializado em funções específicas, mas os dois se comunicam.

Um dos maiores mitos da ciência é de que um dos hemisférios do cérebro é dominante em cada pessoa, sendo uma pessoa racional aquela que tem o hemisfério esquerdo do cérebro mais desenvolvido, e uma pessoa sensível ou artística, aquela que tem o hemisfério direito mais desenvolvido.

Porém, isto não é verdade! Cada hemisfério do cérebro é dominante para alguns comportamentos, como por exemplo o lado direito dominar habilidades espaciais, música e reconhecimento facial, e o lado esquerdo dominar a linguagem, a lógica, a matemática.

Mas nenhum dos hemisférios cerebrais tem dominância sobre o outro, justamente porque eles são conectados e constantemente compartilham informações entre eles, e nós precisamos dos dois lados de nosso cérebro para desenvolver todas as funções corporais!

03. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar

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@Philippe Donn/Pexels

Este é um “fato” científico muito divulgado por aí, e virou até uma espécie de ditado, mas, na verdade, ele é totalmente falso!

Os raios podem cair, sim no mesmo lugar diversas vezes! É fácil ver na prática isso acontecendo: é só procurar por vídeos de tempestades de raios, e ver que várias vezes alguns raios já caíram no mesmo lugar. Especialmente se ele for um lugar mais alto, como uma torre… aí sim ele se torna alvo de diversos raios!

04. Estalar os dedos causa artrite

Um grande mito é o de que estalar os dedos pode causar doenças nos ossos e articulações. Fato é que nenhum estudo até hoje conseguiu comprovar tal associação! O estalo é simplesmente o gás (oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono) sendo liberado do líquido contido nas articulações!

Portanto, estalar os dedos e outras articulações não é prejudicial à saúde, a não ser que você os estale constantemente de forma a sentir dor, pois aí estará lesionando seu tendão.

 

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05. Beber álcool esquenta o corpo

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É verdade que as bebidas alcoólicas dão uma sensação de calor no nosso corpo, mas isso acontece porque o álcool dilata nossos vasos sanguíneos, e faz com que o sangue se desloque do centro de nosso corpo para mais perto da pele. O que ocorre, então, é que ele provoca o efeito contrário ao do famoso mito: o álcool diminui a sua temperatura corporal.

Então, não adianta tomar bebidas alcoólicas para se esquentar no inverno! Você só vai conseguir o resultado inverso!

06. Cortar o cabelo faz ele crescer mais

É tão comum ouvir esse mito por aí…

A verdade é que cortar os cabelos não influencia em seu crescimento, pois as pontas do cabelo são tecido morto. O cabelo cresce a partir do couro cabeludo, involuntariamente, e independentemente do corte de cabelo.

Pode até parecer que ele cresce mais forte também, mas isso é só ilusão de ótica, pois as pontas dos fios, antes de serem cortadas, são mais finas, mais quebradiças. Quando elas são retiradas, sobra a parte mais espessa do cabelo, aquela que é mais forte e saudável.

07. Cada parte da língua percebe um sabor

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Este mito diz respeito à crença de que cada pedacinho da língua é responsável por distinguir um sabor diferente.

O que acontece, na verdade, é que temos milhares de receptores de sabor distribuídos por toda a língua, chamados de papilas gustativas, mas não há lugares específicos na língua que percebam doce, salgado, amargo ou azedo.

08. Urina ajuda a combater queimadura de água-viva

Fazer xixi em cima de uma queimadura causada por água-viva não é recomendado! Pesquisadores da Universidade Paracelsus, na Áustria, e da Universidade de Messina, na Itália, fizeram estudos sobre o assunto e comprovaram não haver melhora dos sintomas com a urina. Ela pode até piorar a situação, estimulando a liberação de toxinas e a ardência. O certo é lavar com água quente e procurar ajuda médica!

09. O Sol é uma bola de fogo amarela

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Pergunte para alguém qual é a cor do Sol. A pessoa provavelmente vai responder que ele é amarelo. Ela está enganada! Na verdade, ele é branco. Aqui da Terra o enxergamos amarelo por causa da nossa atmosfera, que é azulada, mas ele pode parecer mais avermelhado ou esbranquiçado dependendo de sua altura com relação à nossa posição.

Muita gente também pensa que o sol é uma bola de fogo. Isso é um mito! O sol é quente e brilhante devido às reações nucleares que acontecem constantemente nele, juntando átomos de hidrogênio e formando átomos de hélio, tudo a milhões de graus Celsius de calor. Lembre-se que não há fogo sem oxigênio!

10. Temos cinco sentidos

O último dos mitos da ciência que você acredita mas não deveria é:

Aprendemos desde pequenos que temos cinco sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato. Mas será que só temos estes? Não! Temos mais diversos sentidos:

A propriocepção (ou autopercepção) é a capacidade de perceber onde estão partes do seu corpo, mesmo de olhos fechados;

  • O equilíbrio, é responsável por nossa movimentação e gerenciamento da gravidade;
  • A termocepção, que permite que a pele sinta mudanças de temperatura;
  • A nocicepção, que percebe dor;
  • Os sentidos internos, de nossos órgãos, ou a fome, a sede;
  • A percepção temporal;
  • A sinestesia, que relaciona cores, gostos, cheiros ou sons entre si, como se fosse uma memória sensorial;
  • A cinestesia, que é a percepção antecipada de um movimento;
  • A mecanorrecepção, capacidade motora de resposta, os reflexos; entre tantos outros que não são classificados em categorias.

 

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